terça-feira, 12 de agosto de 2008

O poder transformador do amor


Quando o povo fala que o amor pode mudar as pessoas eu não sei se muda mesmo, mas que bichinhos mudam mudam, Lya é a prova disso.

Lya apareceu em minha vida numa noite de novembro passado, voltando da casa de um amigo vi uma coisinha pequena comendo lixo na rua, nossa aquilo cortou meu coração.

Dias depois voltando da faculdade eis que ela cruza na minha frente, entrando em baixo de um carro, não tive dúvidas, me abaixei e peguei a danada, ali ela já deu provas que não era assim que a banda tocava, pulou do meu colo e se meteu de novo em baixo do carro, dessa vez foi mais difícil pegá-la, mas deu, ainda bem que moro perto de onde achei, senão não tinha dado tempo de chegar, quando entrei no elevador, Gsuis abençoado, a doida pulou de cima do caderno onde transportei ela, ficou dando pulos selvagens dentro do elevador e eu apavorada, como que eu ia conseguir tirar aquela fera dali de dentro, mas deu, por um segundo ela se acalmou e consegui, foi o tempo de entrar pela porta que ela já pulou de novo, correu pro banheiro da área de serviço se emburacou naquelas estantes plásticas e por lá ficou, só saia pra comer e usar a caixa de areia.

Quando fazia uma semana que ela tava comigo, achei que já tava mais calma, levei no vet, o céus...ela foi direitinha, mas na hora de dar vacina, fazer exame ela teve acho que uma parada qualquer coisa e desmaiou, gentemmm pensem no desespero, achei que ela tinha cruzado a ponte, mas voltou, o susto foi grande.

Lya não saia do banheiro, não circulava pela casa nada, tudo muito estranho, mais um gato, um cachorro, 2 humanos, muita coisa nova.

Super arisca, não podiamos chegar perto, tocar nada, virava uma fera, rosnava, se é que gatos fazem isso, stress total.

Em dezembro ela entrou no cio e ai ficou mais amigável, já brincava com Gatta e nos deixava chegar mais perto, mas nada de carinho ainda.

Em janeiro ela ficou doente, sofreu tanto a gordinha, mas se tiver um lado bom em tudo isso foi que ela ficou mais sociável, já conseguiamos fazer um pouco de carinho.

A amizade com Gatta ficou linda, super companheiras, sempre brincando, Mel ela desconhece, nem sabe que existe, pobre da minha outra gorda.

Hoje passados 9 meses da chegada dela a nossa vida, que diferença, tá um amor, ronrona, vira de barriga pra cima pra ganhar carinho, AMA meu marido, escolheu uma camisa dele pra passar o dia dormindo, não pode o ver chegando que já se derrete toda por ele, lógico que morro de ciúmes né?

O engraçado nela é que ela não suporta que a tirem do chão, ela precisa ficar com as patinhas sempre no solo, colo é algo impossível, com ela no chão podemos fazer todo o carinho que desejamos, até ela se encher, lógico e mostrar que não quer mais, se falasse diria como Miranda Priestly em O diabo veste prada "that´s all".

Lya não é mais a sombra da gatinha que chegou em nossa casa uma noite de novembro, assustada, receosa de carinho e amor, após meses de dedicação e comida, sim porque pra ela o que interessa é a comida que eu sei, a gatinha pequena como meu marido fala é um doce, meiga, carinhosa, só não gosta que peguem nas patinhas dela, mas Gatta também não é fã disso não.

Nossas vidas ficam mais alegres e recompensadas por cada demonstração de carinho dela.

4 comentários:

Blog do Beagle disse...

Tenho vivido com cachoros ao longo de minha existência. Foram diversos grandes amigos que culminou no Baltazar, meu beagle que dá nome ao blog. Esou na minha primeira gata, a Thelma Louise, cuja história contei nos blogs,primeiro no da UOL e depois, no blogspot. O Baltazar é meu último cachorro, mas não saberei viver sem um gato por perto. Bjkª. Elza

Claudinha disse...

que lindo felina! adorei a historia da Lya! a gente não aguenta ver um gatinho abandonado, né?!
Ah, ela está melhor?
beijos

Daniele disse...

Que história linda! parabéns.
Meu Led tb era muito arisco quando encontrei, hj ele é meio medroso, mas muito carinhoso com os conhecidos.
Ah, eu tb morei na Bahia e peguei friozinho por aí, foram 18 graus com chuva e um ventinho gelaaaaado! foi em 2004.
Beijo e prazer em conhecer

Anônimo disse...

minha mãe também vive dizendo que eu mudei a vida dela. claro que mudei. eu sou muito é chique e especial. outra igual a mim ainda está para nascer... ehehehe