Ontem assintindo a um documentário sobre os cordeiros do carnaval baiano e hoje vendo o filme Milk, me deparei com uma constatação tão triste, não evoluímos nada como pessoas, continuamos com os mesmos preconceitos de séculos atrás, no primeiro o repórter perguntou ao jovem cordeiro se ele acreditava que o carnaval era mesmo uma festa democrática, ao que ele respondeu " oxe, tá vendo alguém da minha cor lá dentro da corda?" nem preciso dizer que ele era negro, pois o tão famoso carnaval, a festa de todos, desde que esse todos seja branco e com dinheiro suficiente para pagar o alto valor de um abadá, ele ainda disse " se eu só encostar em algum lugar o povo já vai saindo, pensando que é assalto", ai nessa ele me pegou, porque mesmo eu não tendo preconceito, já me vi nessa situação, estavamos eu e minha irmã paradas num sinal e eu vi uns meninos vindo em direção ao carro, rapidamente tranquei as portas e ela me disse, nossa mana, que preconceito, só pq eles são negros, ela é casada com um negro e entende um pouco mais do que eu esse stigma, ao que eu respondi que não era pela cor, mas que como ela morava fora do país estava por fora de nossos conflitos sociais, mas claro que foi uma atitude horrível a minha, de puro e simples racismo, se eles fossem brancos teriam me causado a mesma reação? Nessas horas fico pensando nosso julgamento é apenas pela cor ou pelo contexto como um todo?
Hoje também ouvi uma declaração que me causou risos de revolta, uma pessoa do governo falando da TV que o carnaval era uma festa onde todos podiam participar, até veja bem ATÉ as pessoas mais simples, que declaração mais infeliz dessa pessoa, outra prova contundente que a festa mais famosa do Brasil não é tudo que a tv vende, não engula isso assim tão fácil.
Outro ponto de minha reflexão foi o filme, ele conta a história de um ativista gay americano, vendo o filme vi que continuamos julgando as pessoas por sua orientação sexual, o que isso interfere na SUA vida? Como eu li em algum lugar na net, o que o direito deles formarem uma família interfere na minha? Em nada, eu não sou e tampouco acho que vou me descobrir gay nem meu marido e nem vamos virar só pelo fato deles poderem casar, então, por que isso incomoda tanto as pessoas? Elas não podem simplesmente cuidarem de suas vidas? Todos pagamos impostos, todos temos os mesmos direitos e deveres e nisso não está incluso me meter na vida alheia, se uma pessoa acredita que isso seja errado por qualquer motivo que seja, que mantenha isso pra ela, respeite a vida do outro cidadão, mas o diferente incomoda muito né? As doutrinas estão muito enraizadas em nossa mente, tornando-se difícil nos libertamos, mas quem sabe um dia cheguemos a um ponto mais alto na evolução e passamos a respeitar para sermos respeitados.
Vejam o filme, é forte e vale a pena.
Teddy vai mesmo ficar aqui, mas foi meu marido que quis, a mãe do menino não tem condição de por a tela e morando em casa fica complicado, principalmente pelos nossos bons e velhos preconceitos, ele é preto e tá ficando grande, ai já viram o resto da história né? Mas foi bom, assim ganhamos mais um membro maravilhoso e sapeca em nossas vida, que ele complete ainda mais nosso lar, benvindo Teddy!!
4 comentários:
Felina, tem selinho pra vc lá no beco.....
uma ótima semana
beijos
Parabéns pelo novo filhinho; ele é lindo e merece tudo de bom que, com certeza, vais lhe dar. Bjs
Muito pertinentes suas considerações. De modo geral somos preconceituosos e medimos as pessoas pela cor da pele e orientação sexual. Gostei do que li e lhe digo, eu já fechei o vidro doc arro para brancos, negros e mulatos. Tive medo. Orientação sexual já foi tabu para mim e está deixando de ser depois que convivi com algumas homo. Estou vencendo meus preconceitos aos poucos.
Ah ... tem um mimo para vc lá no meu cantinho, viu? Bjkª. Elza
sabe o que eu acho mais ridículo de tudo isso? as palavras que as pessoas usam para se referir a negros (moreninho, de cor, escurinho)... ridículo!
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